
Plataforma da Equinor usa milhares de sensores para automatizar contratos e pagar fornecedores. No futuro, sistema deverá ser importante na transição para um mundo zero carbono.
No Mar do Norte, a cerca de 144,8 quilômetros da costa da Noruega, a gigante do petróleo Equinor desenvolveu um dos maiores projetos de seus 50 anos de história: uma plataforma de 91,44 metros altura, batizada de Johan Sverdrup. Quando atingir o pico de produção, a plataforma irá extrair 750.000 barris de óleo por dia. O campo, que segundo estimativas contém 2,7 bilhões de barris, funcionará por décadas, gerando abundante caixa para a companhia, que é 70% controlada pelo governo norueguês.
Tudo seria perfeito para os noruegueses se não fosse por um detalhe: o impacto ambiental. Assim, para mitigar os efeitos negativos no clima, o novo CEO da empresa, Anders Opedal, prometeu torná-la a primeira petrolífera a zerar as emissões de carbono até 2050.
Para otimizar a eficiência da plataforma, a Equinor a equipou com milhares de sensores que monitoram tudo, desde a quantidade de petróleo fluindo pelos oleodutos, passando pela rapidez com que novos poços estão sendo perfurados até a quantidade de óleo diesel que a instalação está consumindo. No futuro, eles também poderão ajudar a medir as emissões de carbono.
Ao todo, os dispositivos geram o equivalente a 15 fluxos de vídeo de alta definição, que são transmitidos continuamente para a startup Data Gumbo, sediada em Houston, nos Estados Unidos, que codifica os dados mais importantes em um blockchain imutável e proprietário chamado GumboNet.